quinta-feira, 28 de abril de 2011

Insônia


  Como se já não bastasse passar o dia inteiro pensando em nós – ou no que pensei que fosse “nós” –, agora também perco meu sono pensando em todos aqueles momentos, em todas aquelas situações; tanto as boas quanto as desagradáveis, em tudo o que fizemos juntos e o que esquecemos de fazer. Penso em todos os erros que foram cometidos – não só os meus, mas os nossos. É uma tempestade de pensamentos que invade minha cabeça.

  Ainda não consegui entender como isso aconteceu, foi tão de repente. Eu realmente não esperava. Mas sabe aqueles nossos erros que citei? Pois então, foram eles os culpados disso tudo; foram aquelas vezes em que tornamos um grão de arroz em uma plantação inteira. Foram aqueles momentos em que gritamos enquanto devíamos apenas ter conversado... Enfim, foram aqueles momentos dos quais hoje nos arrependemos.
  Fico admirando da minha janela aquela lua lá no céu. Aquela lua cheia e amarelo-fogo que tão bem se destaca no meio daquele céu azul escuro. Aquela lua radiante que intimida o brilho de todas aquelas estrelas que com ela dividem aquela imensidão de céu azul que eu vejo extasiada aqui do meu quarto.
É essa beleza que me faz, ao menos por um momento, esquecer um pouco de tudo. Esquecer dos problemas, dos momentos que já se passaram e das pessoas que jamais voltarão.
  E é de repente que aparece uma nuvem sombria e escura que cobre toda essa beleza que me deixara imersa em devaneios. Em minutos aquele céu tão lindo, aquela lua cheia amarela feito o fogo já estão encobertos.
Agora já me vem à mente tudo aquilo que eu havia esquecido; todos aqueles pensamentos que eu já havia tirado da minha cabeça. Sinto um aperto forte no peito.
A noite vai ficando mais e mais escura. O cheiro de chuva invade minhas narinas. Uma tempestade está por vir, agora já não é mais uma tempestade de pensamentos e emoções e sim, uma tempestade de verdade. Uma tempestade que com ela traz de volta tudo o que eu finalmente havia esquecido enquanto admirava aquela lua cheia tão linda.
  Fecho meus olhos. Assim, o sono talvez venha mais rápido e com ele traga sonhos que não envolvam nem tempestades, nem lembranças. Talvez amanhã tudo já esteja melhor. Ou pelo menos, menos difícil...

domingo, 10 de abril de 2011

Difícil de entender



Desde o momento em que nascemos, aprendemos a gostar, a nos apegar, até mesmo a amar pessoas. Aprendemos a viver com e por pessoas que sempre estão ali conosco. Aprendemos a chorar abraçados em alguém. Aprendemos que sempre que precisarmos, poderemos contar com alguém...
E então, chega um momento nas nossas vidas em que perdemos essas pessoas.
Tudo perde o sentido. Tudo fica difícil demais, complicado demais. Perdemos nosso chão. Choramos e já não temos mais aquela pessoa para nos abraçar, aquela pessoa com quem sempre podíamos contar.
O pior é ter que seguir em frente. É ter que se acostumar com uma rotina nova, sem aquela pessoa. É olhar para o lado, onde aquela pessoa sempre estava, e não vê-la mais. É sentir saudade e saber que nunca mais poderá matar essa saudade. É ter que se acostumar com aquele vazio que ficou.
Não há quem possa substituir aquela pessoa, quem possa ocupar o lugar dela. Não existem palavras que possam nos dar aquele apoio necessário. Não há o que não traga lembranças daquela pessoa.
E é aí em que nos perguntamos “mas então de que vale a pena estar aqui? Pra quê estarmos aqui, se vamos perder todos que amamos? De que adianta vivermos se vamos sofrer por perder as pessoas que amamos e/ou faremos com que elas sofram por sentir nossa falta, se um dia faltarmos?”.
Pois é, são coisas difíceis de entender. Difíceis de aceitar, de acreditar. São perguntas talvez melancólicas, mas que todo mundo se faz em momentos difíceis como este, que é a morte.
O fato é que temos que viver o agora. Esquecer dos detalhes. Se amamos alguém, temos que dizer isso todos os dias para esse alguém. Temos que acordar de manhã e dizer um “bom dia” para as pessoas que nos cercam. Temos que esquecer os pequenos detalhes, as brigas, os desentendimentos, as diferenças.
Vamos acordar HOJE e dizer “eu te amo” para o nosso pai, para a nossa mãe, pois nunca saberemos se AMANHÃ eles ainda estarão aqui para que possamos dizer isso para eles.
São só três palavras simples, que muitas vezes esquecemos de dizer, mas um dia poderemos nos sentir a pior pessoa do mundo por não ter tido tempo de dizer isso, antes de perder para sempre aquelas pessoas que tanto amávamos.

Fica a Dica - Livros

  • Antes que o mundo acabe - Marcelo Carneiro da Cunha
  • A menina que roubava livros - Markus Zusak
  • Diário de uma paixão - Nicholas Sparks
  • O dia do Curinga - Jostein Gaarder
  • A festa no castelo - Moacyr Scliar
  • Quase memória - Carlos Heitor Cony
  • Nada de novo no front - Erich Maria Remarque
  • A breve segunda vida de Bree Tanner - Stephenie Meyer
  • Saga Crepúsculo - Stephenie Meyer
  • O morro dos ventos uivantes - Emily Bronte