domingo, 10 de abril de 2011

Difícil de entender



Desde o momento em que nascemos, aprendemos a gostar, a nos apegar, até mesmo a amar pessoas. Aprendemos a viver com e por pessoas que sempre estão ali conosco. Aprendemos a chorar abraçados em alguém. Aprendemos que sempre que precisarmos, poderemos contar com alguém...
E então, chega um momento nas nossas vidas em que perdemos essas pessoas.
Tudo perde o sentido. Tudo fica difícil demais, complicado demais. Perdemos nosso chão. Choramos e já não temos mais aquela pessoa para nos abraçar, aquela pessoa com quem sempre podíamos contar.
O pior é ter que seguir em frente. É ter que se acostumar com uma rotina nova, sem aquela pessoa. É olhar para o lado, onde aquela pessoa sempre estava, e não vê-la mais. É sentir saudade e saber que nunca mais poderá matar essa saudade. É ter que se acostumar com aquele vazio que ficou.
Não há quem possa substituir aquela pessoa, quem possa ocupar o lugar dela. Não existem palavras que possam nos dar aquele apoio necessário. Não há o que não traga lembranças daquela pessoa.
E é aí em que nos perguntamos “mas então de que vale a pena estar aqui? Pra quê estarmos aqui, se vamos perder todos que amamos? De que adianta vivermos se vamos sofrer por perder as pessoas que amamos e/ou faremos com que elas sofram por sentir nossa falta, se um dia faltarmos?”.
Pois é, são coisas difíceis de entender. Difíceis de aceitar, de acreditar. São perguntas talvez melancólicas, mas que todo mundo se faz em momentos difíceis como este, que é a morte.
O fato é que temos que viver o agora. Esquecer dos detalhes. Se amamos alguém, temos que dizer isso todos os dias para esse alguém. Temos que acordar de manhã e dizer um “bom dia” para as pessoas que nos cercam. Temos que esquecer os pequenos detalhes, as brigas, os desentendimentos, as diferenças.
Vamos acordar HOJE e dizer “eu te amo” para o nosso pai, para a nossa mãe, pois nunca saberemos se AMANHÃ eles ainda estarão aqui para que possamos dizer isso para eles.
São só três palavras simples, que muitas vezes esquecemos de dizer, mas um dia poderemos nos sentir a pior pessoa do mundo por não ter tido tempo de dizer isso, antes de perder para sempre aquelas pessoas que tanto amávamos.

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